💮Falhas na pelagem do seu cão??

✳Falhas na pelagem do seu pode ser indicativo de doença dermatológica.

✳Dermatites de causa alérgicas, bacterianas , fúngicas, parasitárias e endócrinas podem causar uma queda excessiva do pêlo levando a falhas.

Pode vir associada à coceira, odor desagradável, descamação e vermelhidão na pele.

🚩Cada caso deve ser investigado e avaliado individualmente.

✳Histórico e anamnese do paciente, exame clínico, exames complementares como parasitológico cutâneo, citologia e cultivo micológico são indicados para auxiliar no diagnóstico.

✔Procure sempre um Médico Veterinário.

🐶🐕Júlia Paes Monteiro
Dermatologia Veterinária

drajuliapaes@hotmail.com

https://www.facebook.com/Vetdermato/

#pelo #pele #dermatologiaveterinária #dermatologia #veterinária #pet#cão #gato

Sarna Demodécica

 

A demodiciose, sarna demodécica, ou popularmente chamada de “sarna negra” , é uma doença muito comum em cães, e rara em gatos.

É ocasionada por ácaros comensais do gênero Demodex (parasita obrigatório na pele de cães.), destacando–se o  Demodex canis , que proliferam excessivamente, em decorrência da falha na resposta celular.

É  decorrente de predisposição genética (sendo herdada da mãe, pai ou ambos, portadores da doença) e/ou distúrbios do sistema
imunológico, levando ao desenvolvimento de lesões. Então, a demodiciose é uma doença hereditária.

• Componente imunológico: disfunção dos linfócitos T específica ao Demodex sp).
• Componente genético: herança autossômica recessiva.

É uma dermatose parasitária não contagiosa (ou seja, não há transmissão de um cão para o outro).

“ uma doença multifatorial, na qual fatores genéticos,
imunológicos, parasitológicos , da ecologia cutânea, e do
ambiente estão envolvidos em diferentes graus”... (Scott, 2001)”

Esse parasita reside dentro dos folículos pilosos e raramente nas glândulas sebáceas. Todo o seu ciclo de vida é passado na pele (ovo, larva, ninfa e adulto). Este ácaro é habitante da pele normal e é transmitido da cadela para os filhotes por contato direto nos primeiros dias de vida.

                                                                                    

Demodex canis – Microscopia . -   Fonte: Própria

 

A doença pode se apresentar de duas formas clínicas: Dermatite Localizada ( DL) e Dermatite Generalizada ( DG).

As lesões na pele incluem áreas de alopecia (sem pêlos) ao redor dos olhos e da boca, crostas, eritema, pode ser acompanhado ou não de prurido (coceira). Outras alterações encontradas são descamação, hiperqueratose (espessamento da pele), hiperpigmentação (aumento da pigmentação da pele), infecção bacteriana (piodermite) ou fúngica da pele.

O diagnóstico é feito através de exame parasitológico de raspado cutâneo, onde é encontrado o ácaro no exame microscópico.

Algumas vezes são necessários múltiplos raspados até que o ácaro seja encontrado. Em algumas raças, como o Shar Pei e nos cães com doença crônica (com a pele muito pigmentada e espessada), uma biópsia de pele poderá ser necessária para diagnosticar a doença.

 

FATORES PREDISPONENTES:

Idade
Má nutrição
Stress
Aleitamento
Pelame
curto
Gestação
Parasitismo
Endocrinopatias
Neoplasias / Doenças sistêmicas
Cio
Drogas imunomoduladoras

 

Cães de raça definida
Pelame curto
Cães jovens: até 12-18 meses de idade
Sem predisposição sexual

Raças susceptíveis:
Pelame curto: Dálmata, Shar peis, Bulldogue Inglês, Scotthis Terriers, Great Dane, Boston Terrier, American Staffordshire Terrier, Staffordshire Bull Terrier

Pelame longo: Pastor Alemão, Lhasa Apso, Cocker Spaniel Rottweilers, Yorkshire Terriers, Old Englis Sheep Dog, Collies

Pug, 1 ano de idade. Hiperpigmentação e alopecia.

Fonte: Própria

 

Bulldog francês, 1 ano de idade. Piodermite, eritema, alopecia com presença de prurido intenso.

Fonte: Própria

 

O tratamento é longo, geralmente é feito por meses, mas isso é individual, depende de cada quadro e cada animal.

A demodiciose é uma doença com base genética e sofre influência do estresse que podem levar ao desenvolvimento de lesões e que,
por isso também, a cura pode não ser possível, principalmente na forma generalizada da doença. Ele poderá ter quadros recidivantes de demodiciose durante toda a vida. Sempre que o animal tiver recidivas, deverá ser tratado corretamente, e concluir o tratamento conforme prescrição do Médico Veterinário.

Cadelas com demodiciose devem ser castradas, pois o parto é também uma situação de estresse e pode contribuir para o desencadear de lesões.

O tratamento necessita de acompanhamento de um Médico Veterinário especializado em Dermatologia Veterinária.

Otites!!!

 

Otite é a inflamação do conduto auditivo. Algo muito comum nos animais, que, quando não diagnosticado ou tratado corretamente, pode levar os animais à surdez e, ainda, a alterações de postura e comportamento, como andar em círculos. Outros sinais clínicos incluem o odor fétido, dor e a presença de secreção.

Existem diversas causas para ocorrer a  otite: produção excessiva de células de descamação, associada à presença de bactérias, fungos, ectoparasitos, manuseio (água , limpeza feita de forma incorreta, depilação...).

Porém, existem também fatores predisponentes, que dificultam o tratamento, como a presença de pólipos e neoplasias (tumor) no conduto auditivo, anatomia do ouvido , como por exemplo cães de orelhas pendulares como os da raça Basset. Algumas desordens sistêmicas também podem desencadear otites recidivantes.

O tratamento incorreto, prescritos sem diagnóstico definitivo, é uma das causas mais comuns de tratamentos falhos e otite recidivante que se torna crônica e mais dificil de obter cura.

Sendo assim, o exame citológico é indispensável para o tratamento da doença. Existem outros tipos de exames que o Médico Veterinário pode solicitar, como exame de cultura e antibiograma, para maior segurança e eficácia do tratamento.

O tempo de tratamento pode variar de acordo com a causa da otite.

Lembre-se, para obter o tratamento correto, leve sempre no Médico Veterinário.

Dra. Júlia Paes Monteiro    

Dermatologia Veterinária   

Displasias Foliculares Ligadas à cor

Pinscher, 3 anos de idade, fêmea, inteira, coloração azul.

.

As displasias foliculares ligadas à cor da pelagem, também descritas de displasia cutânea neuroectodermais congênita, são histopatologicamente e geneticamente semelhantes e tratam-se, provavelmente, da mesma doença, porém, com apresentações clínicas distintas: difusa, na ALOPECIA POR DILUIÇÃO DE COR (ADC) e localizada na ALOPECIA FOLICULAR DOS PÊLOS PRETOS (DFPP).


Essas alopecias são caracterizadas por acúmulos de melanossomas nos melanócitos e insuficiencia transferencia de melanina para os queratinócitos adjacentes.


Os pêlos que apresentam acumulo muito irregular de melanina, são mais suscetíveis à fraturas e se quebram.


Nos cães são caracterizadas por alopecia, escamação, pelos opacos.


A ALOPECIA POR DILUIÇÃO DE COR é uma condição dermatológica rara e hereditária que tem sido descrita em cães da raça Doberman Pinschers, Teckel, Yorkshire Terriers e Chow-Chow. A doença ocorre nos cães de cor azul, ou castanho-claro na pelagem.


Sua etiologia é desconhecida, mas os genes para cor de pelagem desempenham um papel significativo na condição.

Pinscher , diagnóstico: Alopecia Folicular por diluição de cor.

A doença é caracterizada pela perda dos pêlos em regiões de coloração azulada ou castanho-clara
principalmente, ocorrendo também em outras colorações de pêlo com menor freqüência.
Os cães acometidos pela doença podem apresentar quadros de piodermite e foliculite bacteriana
recidivante.


A alopecia ocorre geralmente por volta dos três anos de idade e a velocidade da perda de pêlos é variável, mas os cães que possuem uma maior área de pelame com diluição de cor ficam totalmente alopécicos com maior rapidez.


A DISPLASIA FOLICULAR DOS PÊLOS NEGROS, afetam cães que apresentam cães com pelagem  com mais de uma cor além da preta, a região acometida é restria à pelagem preta.

Ainda não foi descrito tratamento que comprove a cura. Porém, isso não afeta a qualidade de vida do animal, visto que é um doença é apenas estética.

Snoopy ,  Yorkshire , canino, macho, interiro, aproximadamente 5 anos de idade, segundo o proprietário, apresenta a fala de pêlo há muitos anos. Diagnóstico: Displasia Folicular dos Pêlos Pretos

Qual a causa da alergia do meu cão???

Você sabia que há diversas causas que podem fazer o seu animal desenvolver alergia??

A mais comum das alergias é a DAPP / DAPE (dermatite alergica à picadas de pulgas / ectoparasitas).

Em um cão alérgico a picada de uma pulga pode causar um enorme transtorno para o seu animal. Ele pode se coçar por 20 dias seguidos intensamente.

O diagnóstico da alergia é feito através de exclusão. O Médico Veterinário irá seguir etapas para diagnósticar a causa alérgica. Esse processo é lento, deve ser seguido rigorosamente, como o acompanhamento do Médico Veterinário.

A DAPP é a primeira causa a ser excluída em um cão com sinais clinicos de alergia.

A segunda causa alergica a ser excluída é a Hipersensbilidade Alimentar, onde o animal deve fazer uma dieta restritiva com ração especial ou comida caseira prescrita pelo Médico Veterinário.

Dermatite Atopica é o terceiro passo, o animal quando não responde à nenhuma das exclusões e de acordo com o quadro clinico ele pode ser diagnosticado com Atopia. Em alguns casos , de acordo com o grau de alergia, historico do animal, exame fisico detalhado e quadro dermatológico, o Dermatologista Veterinário pode chegar a esse diagnóstico nas primeiras visitas, porém , quase sempre é necessario seguir todos os passos, mesmo após o diagnóstico.

Consulte  um Médico Veterinário Especializado.

 Dra. Júlia Paes Monteiro

Dermatologia Veterinária

IVE - Instituto de Especialidades Veterinário